Mandalas: o que são e qual a sua relação com a meditação?

Por Zen App

Tempo de leitura: 4 minutos

O poder das mandalas é conhecido nas culturas orientais há muitos séculos. Apesar disso, ainda são uma novidade no campo da medicina. Você pode nunca ter ouvido falar delas antes, mas tratam-se de métodos curativos eficazes para promover o bem-estar mental e físico.

Essas ferramentas coloridas são consideradas por diversas religiões como mapas altamente complexos do cosmos. Também podem ser usadas como imagens espirituais simbólicas que, quando integradas à meditação, promovem uma profunda transformação interior.

Neste post você vai compreender melhor o que são as mandalas e como é possível integrá-las à meditação. Confira!

O que são mandalas?

A palavra “mandala” significa “círculo” em sânscrito. Para as religiões budista, hindu e tibetana, os círculos são representações simbólicas utilizadas não apenas em templos, mas também na arquitetura e na arte.

Sua riqueza em detalhes e variedade de cores é atribuída à representação, gráfica e geométrica, da harmonia, da espiritualidade e da natureza presentes no universo. A existência de um eixo central passa a ideia de movimento e indica a origem de onde todo tipo de vida nasceu e se sustenta.

Devido à complexidade de seus significados, a mandala pode ser usada como um caminho para compreender as dinâmicas do universo externo e interno presente em cada um de nós. Não é à toa que, para os hindus, a mandala é uma reprodução da mente humana quando bem equilibrada.

Para que servem as mandalas?

Seja ou não um religioso, é quase consenso que as mandalas são muito agradáveis de se contemplar. E a liberdade individual que temos para interpretá-las também é importante. Carl Jung, um dos fundadores da psicologia analítica, encarava as mandalas como complexas interpretações do inconsciente coletivo.

Isso porque, para o psiquiatra, a ideia gráfica de movimento até o centro da mandala, em que tudo converge, remete à expressão da individualização, da busca por si mesmo. Esses símbolos oferecem uma gama de sinais ligados à fantasia, aos desejos e motivações pessoais, e essa representação de conteúdos forma tudo aquilo que uma pessoa é.

A confecção e a pintura de mandalas têm sido praticadas como atividades terapêuticas, voltadas para a ascensão do autoconhecimento, aumento da concentração e relaxamento da mente. Alguns estudos também sugerem que essas práticas podem ser eficazes para regularizar a pressão arterial, estimular a liberação de hormônios que melhoram a qualidade do sono e controlar a ansiedade.

Como as mandalas se relacionam com a meditação?

A contemplação das mandalas pode ser útil para complementar o processo de meditação. Assim como olhamos fotografias de familiares e amigos para experimentar ou reviver sensações de conforto e felicidade, o foco no centro de uma mandala durante a prática pode reordenar os processos mentais, trazendo um forte sentimento de paz interior.

Isso acontece porque a visualização também é uma forma de meditação, que, por sua vez, é uma excelente ferramenta para restaurar o corpo e a mente dos conflitos originados em nosso dia a dia, além de aliviar o estresse.

Quando enxergamos e analisamos logicamente uma imagem, o hemisfério esquerdo do cérebro é ativado, enquanto o lado direito processa a imaginação, associações e conexões com os sentimentos que aquela visualização provoca. 

Quando estamos em um estado de total harmonia, equilibrando os dois hemisférios, é possível levar a mente e o corpo a um novo estado mais tranquilo, capaz de nos fazer sentir mais serenos, fortes e conectados a nós mesmos. É daí que vem aquela sensação de paz cada vez que uma sessão de meditação termina.

Além disso, a criação de um estado mental diferente é importante porque permite elevar rapidamente as ondas cerebrais do tipo alfa, alterando a percepção mental do praticante. No ponto de ondas alfa, é mais fácil aprender novos assuntos e mudar velhos hábitos. Em outras palavras, é um estado de espírito ideal para alterar situações desagradáveis, nocivas para o nosso corpo.

Como usar mandalas na meditação?

A meditação com mandalas é mais simples do que você pensa, e não é preciso de muitos recursos para começar:

  1. escolha uma mandala que seja visualmente atraente para você;
  2. coloque umas das trilhas para meditação disponível no Zen e pense em alguma intenção para a sua prática. O que você está buscando? Serenidade? Saúde? Foco? A resolução de alguma confusão mental?;
  3. Sente-se (no chão, almofada ou em uma cadeira) numa posição confortável e com a coluna ereta, colocando a mandala pendurada ou apoiada diante de seu rosto. O centro da imagem deverá estar à altura dos olhos, a uma distância semelhante à extensão de seu braço;
  4. sem forçar os olhos, foque toda sua atenção no centro da mandala enquanto se atenta para o fluxo de sua própria respiração ou segue as instruções do áudio, caso esteja realizando uma meditação guiada;
  5. ao terminar, permaneça por mais 15 minutos sentado, observando os próprios sentimentos e tentando compreender o que a mandala passou para você. Para isso, fique em silêncio com a coluna ereta e olhos fechados — essa observação final é essencial para toda técnica meditativa;
  6. após realizar essa prática regularmente por 21 dias, você já pode escolher outra mandala para meditar. No entanto, é recomendado evitar fazer isso antes de dormir ou logo após as refeições.

A ideia é tentar preencher toda a mente apenas com a imagem da mandala. Se tiver dificuldades no começo, saiba que isso é completamente normal. Com o tempo e a prática, você sentirá mais facilidade para lidar com a situação e limpar a mente das distrações.

Quando praticamos a meditação, na verdade estamos ensinando a nossa mente e corpo a adotar uma nova consciência, assim como quando fazemos exercícios físicos, devemos ensinar os músculos a se adequarem a um novo ritmo de atividades benéficas para o corpo, por exemplo. Por isso, se praticarmos algo novo enquanto contemplamos uma mandala, é possível notar resultados imediatos e profundos.

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